domingo, 11 de maio de 2008

Um texto descarado.

De tapa, de xingo, de chute na bunda
do corpo pelado.

Lambido, molhado
Lembrado por poucos de todos por cento possíveis
de precisão,

anuviado ao vapor da banheira,
da chaleira no fogão

Óleo fervente, por acidente, na moleira do peão

Fica impresso no ladrilho da ruinha
os contornos do cordeiro canastrão

Enquanto os vasos voadores encomedam sua partida
Deixa o ponto passar

O café amargar
que ninguém mais nessa casa sente fome.

Um comentário:

Juliana Peixoto disse...

Um grito!
Vc escreve muito bem guria!!!

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